domingo, 27 de outubro de 2013

Novo Endereço do Mar do Ceará

Nova Sede do Mar do Ceará
Amigos,

O Mar do Ceará nasceu de um interesse crescente sobre a história de nossos mares. Um pequeno grupo de mergulhadores  juntou-se em 2006 com o único objetivo de trazer para a superfície as estórias dos naufrágios ocorridos em nossos mares e nos quais mergulhávamos.

Posteriormente a visibilidade e o interesse de outros em nossos trabalhos gerou a necessidade de qualificarmos mais mergulhadores. Nascia assim a escola de mergulho recreativo Mar do Ceará formando centenas de novos mergulhares que tornaram-se destaques em diversas áreas do mergulho cearense. Os melhores fotógrafos e cinegrafistas subaquáticos, mergulhadores técnicos, divemasters de nosso Estado tiveram sua passagem por nossas salas de aula!

Em 2009 ainda sem uma sede fixa formamos nosso primeiro curso de mergulho: uma turma de Advanced Open Waters PADI evidenciando a tendência do MDC de trabalhar com mergulhadores bem preparados para os mares cearenses. Apenas em 2010 montamos o escritório na Avenida Heráclito Graça que funcionou bem (apesar das constantes enchentes nos períodos de chuva) até novembro do ano passado e onde a maioria de nossos mergulhadores foi formada. No entanto, com o fim de nosso contrato de locação entregamos as chaves e mudamos para nossa nova sede!

Gostaríamos de convidá-los para a inauguração da nova base do Mar do Ceará que montamos com muito carinho para recebê-los na próxima terça-feira, dia 29 de outubro a partir das 18:00 horas na Avenida João Pessoa, 5834, em anexo ao Posto Damas no bairro Montese. Agora oferecemos para nossos alunos segurança 24 horas, estacionamento gratuito, loja de conveniência, piscina, estação de recargas e sala de aula climatizada tudo isso em um só lugar! Apesar de distante do mar deixamos a Aldeota para uma localização mais central na cidade, mais ou menos equidistante dos diversos bairros para que assim possamos servir a todos igualmente!

Venha conhecer! Terça, 29 de outubro a partir das 18:00!
Clique aqui para conhecer as rotas!

domingo, 13 de outubro de 2013

Fauna Marinha Cearense - Baiacú Cofre


Baiacú Cofre na Pedra da Risca do Meio em Fortaleza.

Nome científico: Acanthostracion polygonia

Nomes comuns: Baiacú de Chifre, Baiacú Cofre.

Status internacional: Não Ameaçado.

Distribuição: Na costa oeste do Atlântico de New Jersey nos EUA ao sul do Brazil, incluindo Antilhas e Caribe, mas ausente no Golfo do México.

Habitat: Peixe recifal encontrado em recifes submersos de 3 a 80m.

Tamanho: Máximo 50cm.

Descrição: Possui padrões hexagonais distribuídos por todo o corpo com a área entre eles dourada ou branca. Coloraçao azulada no ventre, lados e nadadeira.

Dieta: Alimenta-se de pequenos camarões, esponjas e algas. 

Curiosidades: Muito comum nos mares do nordeste, apresenta reações diversas a mergulhadores.

Fonte:
FishBase
Humann, DeLoach; Reef Fish Identification - Florida, Caribbean, Bahamas; 3a Edição, New World Publications, Inc.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Barco Naufraga e é Recuperado em Barra Nova


"Black", barco de pesca procedente de Icapuí, naufragado em Aracati na boca da barra, em Barra Nova.
Na noite de primeiro de setembro um barco pesqueiro naufragou no litoral de Aracati. Pescadores relataram que durante a noite uma das tábuas do casco se soltou e a água começou a entrar. O único que estava acordado chamou os outros que ainda conseguiram navegar ao encontro de outro barco de pesca que estava na região. Todos se Salvaram. 

O barco não afundou mas virou e continuou flutuando emborcado derivando até o litoral do Morro Branco. Um grande esforço empregado por vários pares de mãos conseguiram desvirá-lo em alto mar e rebocá-lo até Barra Nova.

Uma equipe do Mar do Ceará estava na região realizando uma operação de mergulho científico com a Universidade Estadual do Ceará prestou ajuda na operação de salvatagem. "Solicitaram um mergulhador para amarrar um cabo por bombordo da embarcação que flutuava com este lado para baixo. A ideia era outros dois barcos o puxassem por boreste e assim desvira-lo por completo, deu certo". Depois de desvirado o barco foi rebocado para dentro do Rio Choró, que deságua em Barra Nova.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Uma Testemunha do Naufrágio do Macau

Um LST nos dias de hoje da mesma classe do Naufrágio Macau
(ambos fabricados pela Marinha Norte-America durante a Segunda Guerra).

Encontrei na web o relato de uma testemunha ocular do naufrágio do Navio Mercante Macau. Bevenuto Paiva é natural da cidade litorânea também chamada Macau no Rio Grande do Norte. Na década de 60 Bevenuto servia à Marinha do Brasil como tripulante da Corveta Ipiranga quando saíram em missão de socorro à um navio cargueiro que combatia um incêndio. Segue abaixo seu relato extraído do site O baú de Macau:

"Mergulhou para sempre.

Fatos ocorrem em nossas vidas que deixam marcas indeléveis mesmo que não se trate de ocorrências físicas pessoais . Para quem vive a vida do mar, fatos deixam suas marcas que jamais serão esquecidas, ainda quando isso não nos liga a uma determinada coisa ou objeto. Quero falar do afundamento do navio mercante Macau, por ocasião do seu mergulho para o fundo do mar, a uma distancia de cento e cinquenta milhas [sic] da costa de Aracati. Este navio, era da marinha americana e foi adquirido pela Companhia de Navegação São Jorge e transformado num navio mercante. O proprietário rebatizou-o com o nome de Macau em homenagem á cidade que tem a maior produção de sal do país. Outros navios já ostentaram em sua popa esse nome quando navegaram por outros mares, sendo que o primeiro, durante a primeira guerra mundial foi torpedeado na Europa. Esse que afundou na costa do Ceara foi último mercante a ostentar esse nome, o que embora seja “a cidade que já teve” como é dito sempre em rodinhas de conversas , mas continuará com o seu nome expandido em todas as partes do mundo, por tudo que possuí de bom e pelo o amor que lhe dedicam os seus filhos. 

Este navio teve um fim tráfico, num incêndio que sua guarnição não conseguiu debelar, visto ser carga muito explosiva — barris de álcool e sacas de açúcar — em seu convés. Levava também, vagões de trem, carrinhos de mão, além do combustível de uso. A sua guarnição foi resgatada por outro mercante. A corveta Ipiranga que saiu em socorro, não encontrou nenhum tripulante a bordo e iniciou o rebocamento que foi iniciado pela tarde e prosseguiu até quase meia noite do dia 22 de dezembro, quando os vigias perceberam que o navio estava adernando. O cabo do reboque foi cortado, pois nesse momento já representava perigo para a corveta. Ficamos na área até o afundamento total do navio, pois se ficasse flutuando colocaria em risco outras embarcações. Para o homem do mar o naufrágio de um navio é sentida assim como se perdesse uma parte de seu corpo ou um membro da família. Como o navio pertencia a Companhia de Navegação São Jorge, cada navio tinha esse santo protetor no seu mastro principal."

Curiosidade: A Corveta Ipiranga que foi em socorro do NM Macau naufragou anos depois na ilha de Fernando de Noronha.


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