sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Vídeos do MARdoCEARÁ

Uma pequena seleção de vídeos sobre mar, mergulhos e naufrágios no Ceará!
























Divirtam-se!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

III Encontro de Mergulho Autônomo de Fortaleza

Amigos Mergulhadores!

É com prazer que damos continuidade a serie de reuniões de mergulhadores autônomos de Fortaleza. Nos reuniremos no mesmo ponto de mergulho (no copo), o Tuchê Bar (Av. Santos Dumont, 4000), na quarta-feira, dia 25/11 às 20:00 horas.

A finalidade desses encontros é unir os mergulhadores cearenses para assim, mergulharmos mais e fincarmos as raízes de uma comunidade de mergulho ativa e unida em Fortaleza.

Para isto contamos com a presença de voces mergulhadores certificados, ou apenas interessados na prática de mergulho. Todos os insteressados em mergulho são bem vindos.

Abraços e até lá,

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Nau Portuguesa encontrada na Baía de Guanabara, RJ


(Imagem Ilustrativa)


Uma equipe de mergulhadores encontrou perto da costa da cidade brasileira de Rio de Janeiro restos de uma nau portuguesa do século XVIII que possivelmente naufragou com uma carga avaliada em cerca de 670 milhões de euros, informou a imprensa local.
Os pesquisadores encontraram restos de madeiras que podem ter pertencido ao "Rainha dos Anjos", um barco que se afundou a 17 de Julho de 1722 frente à baía da Guanabara, na costa do Rio de Janeiro, escreve o jornal O Globo.
O navio carregava 56 canhões e viajava da China para Lisboa, em escala no Rio de Janeiro carregado com 136 preciosas peças de porcelana chinesa da era do imperador Kangxi (1662-1722), terceiro da dinastia Qing, das quais atualmente apenas está conservado um vaso no Museu Imperial da China.
"Os chineses eram conhecidos pelos cuidados com que embalavam a porcelana. É muito provável que encontremos peças inteiras", declarou o autor da descoberta ao jornal.
Muito embora os vestígios estejam pendentes de ser enviados a laboratórios dos Estados Unidos para confirmar a sua origem, o mergulhador José Galindo, autor da descoberta, já conta com várias empresas internacionais interessadas em patrocinar as investigações arqueológicas.
Pelas contas de Galindo, será preciso um investimento de 196 mil euros apenas para desenterrar parte da nau e mais 1.166 milhões de euros para a trazer à superfície.
Uma empresa britânica mostrou interesse em deslocar equipamento para a zona e participar nas investigações, enquanto que uma companhia norueguesa até já visitou o local.
O brasileiro José Galindo relata que fez a descoberta quando procurava uma hélice perdida por um rebocador no ano passado.
Imagina encontrar um desses por aqui!

Fontes:


sábado, 14 de novembro de 2009

Objeto Encontrado no Mar de Icapuí, CE

Na véspera do Natal de 2008, o pescador José Evaristo estava a 18 milhas da costa quando se deparou com um objeto flutando no mar com o formato semelhante ao de um avião, com aproximadamente 3 metros de envergadura. Evaristo amarrou o objeto a sua embarcação e o rebocou à praia da Barreira, no município de Icapuí a 202 quilômetros de Fortaleza.
Em terra, alertou as autoridades que a princípio nada fizeram. O evento gerou muitos comentários entre os pescadores e durante duas semanas a finalidade do obejto foi um mistério.

(Dispositivo de transporte de alvo aéreo, em frente a casa de José Evaristo)

O objeto
Segundo especialistas trata-se de um dispositivo de transporte de alvo aéreo modelo DT-25 fabricado pela EADS. Mas o estranho é que nenhuma unidade deste equipamento foi adiquirida pela FAB ou pela Marinha nem utilizada no exercício militar Cruzex IV realizado em novembro de 2008 - esta simulação de guerra aérea ocorreu nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco e envolveu 2,4 mil militares do Brasil, França, Venezuela, Chile e Uruguai.
O dispositivo poderia ter sido lançado a partir da Guiana Francesa ou por alguma embarcação francesa que tenha se aproximado da costa brasileira para treinamentos militar, para coleta de dados meteorológicos ou até para espionagem!

Fontes

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Fauna Marinha Cearense - Tubarão-Lixa

Nome Comum: Tubarão-lixa, Tubarão-Cação, Lambaru

Nome Científico: Ginglymostoma cirratum

Família: Orectolobidae

Distribuição Geográfica:
Áreas tropicais e subtropicais da costa do Atlântico, do Pacífico e da África ocidental, embora eles tenham sido ocasionalmente observados em outros locais. Muito comum no mar das Caraíbas.

Descrição:
O tubarão-lixa é uma criatura noctívaga, que descansa durante o dia no fundo arenoso ou em grutas e sai à noite para se alimentar. Estranhamente, podem usar as suas fortes nadadeiras peitorais para se arrastar no fundo do mar ou nadar de forma tradicional.
Pode chegar até 4 metros de comprimento. Alimenta-se de peixes que habitam no fundo do mar, camarão, lula, polvo, caranguejo, lagosta e outros. Sua barbicha o auxilia na caça. Vive em águas mornas desde a superficie até uma profundidade de 60 metros esse animal habita o fundo do mar. São oviparos e nascem cerca de 30 filhotes por ninhada.
É um dos mais populares tubarões no mundo. Eles dormem empilhados uns em cima dos outros chegando a formar pilhas de até 30 tubarões. Com pequenos dentes, mas extremamente poderosos, esses tubarões mal sentem, o sabor de suas vitimas, por que eles simplesmente esmagam elas. Esse tubarão é um dos mais estudados devido a sua fácíl adaptação em cativeiro. O recorde de um tubarão-lixa vivendo em cativeiro foi de 25 anos o que possibilitou o estudo de todos os seus hábitos assim como a reprodução.

Foto:
Marcus Davis - (Naufrágio Macau - Aracati, CE)

Fontes:

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O Submarino e o Jangadeiro - Um possível encontro

(Imagem Ilustrativa)

6 de julho de 1943. 5:00 horas da manhã.

O sol começa a lançar seus primeiros raios e Toinho, um pescador de rosto marcado prepara sua jangada para mais um dia no mar. Ele aproveita o vento terral, abre a vela e, passando pelas obras do Porto do Mucuripe, encara o mar aberto. É junho e o vento está brando, porém uma ameaça diferente assombra os pescadores: os temidos submarinos de Hitler.

Na praia, comentários entre os pescadores sobre afundamentos são constantes. A marinha os preparou, mostrando slides com imagens de submarinos e os instruindo a relatar qualquer encontro com essas embarcações.

Toinho sai sem medo. Uma vida inteira o ensinou a respeitar, mais do que temer, o mar do qual tira seu sustento. Hoje ele vai para um ponto de pesca chamado Pedra do Urubu, 30 graus ao norte de Fortaleza, um pesqueiro que sempre lhe rende bons sirigados e que anos depois viria a se chamar Pedra da Risca do Meio.

O vento brando faz com que a viagem seja mais lenta que o normal e por volta das 9 horas Toinho larga a ancora artesanal, feita com uma pedra grande envolta por madeiras. Logo que coloca a primeira isca na água os peixes começam a morder e após poucos minutos vem o primeiro. Pelo peso da linha e pelo modo como o peixe luta contra seu destino, ele já sabe o tamanho e a espécie da presa. E logo vem o segundo e o terceiro e isso prossegue por algumas horas.

Perto do meio-dia, com o sol a pino, os peixes pararam de morder e sumiram. O pescador se sente sozinho pela primeira vez no dia, pois o sumiço dos peixes é sinal que algo estranho está para acontecer. Momentos depois ele começa a escutar um zumbido distante! Com o olhar treinado, procura ao redor em busca de um navio, mas nada vê. Rapidamente puxa a linha da água e corre para puxar a ancora: seja lá o que for ele quer sair de lá o mais depressa possível! O barulho está ficando mais intenso enquanto puxa o cabo da ancora. De repente, um monstro azul-marinho enorme projeta-se para fora d’água a apenas poucos metros da pequena embarcação enquanto Toinho observa paralisado! Logo sua pequena jangada começa a balançar com as ondas provocadas pelo submarino!

O submarino emerge e prossegue indiferente ao pobre jangadeiro petrificado que não consegue fazer nada a não ser observar o monstro azul passar por ele. Nunca tinha visto um “barcão” como esse. Mesmo com sua jangada balançando como uma rolha, Toinho equilibra-se indiferente às ondas observando enquanto o submarino segue para noroeste, costeando o litoral cearense.

Quando retorna a si, o pescador volta a puxar a ancora, arma a vela com impressionante rapidez até mesmo para um jangadeiro e segue para a terra. Não consegue pensar em outra coisa, apenas naquele monstro azul com dois canhões e dois periscópios.

A viagem é lenta e Toinho chega à praia no começo da noite. Imediatamente, antes mesmo de levar seus peixes pra casa, se dirige até o posto da marinha e informa o acontecido. É levado para a base e interrogado minuciosamente durante a noite.

Aos primeiros raios de sol do dia seguinte, aviões norte-americanos sediados em Fortaleza decolam da Base Aérea e iniciam as buscas pelo submarino inimigo.

Apenas dois dias depois, no dia 9 de junho, pilotos norte-americanos avistam um submarino ao largo de Fortaleza. O inimigo mergulha evitando o confronto direto. Os pilotos instintivamente iniciam o ataque com cargas de profundidade e logo avistam uma mancha de óleo e alguns destroços na água. Tinham afundado um submarino a poucos quilômetros da costa do Ceará. No entanto, mais tarde no mesmo dia outro avião naval americano avista um periscópio a algumas dezenas de quilômetros da batalha inicial, mas, ao iniciar o ataque, o submarino mergulha a grande profundidade e se esquiva do combate.


A mancha de óleo e os destroços avistados após o primeiro combate faziam parte de uma medida defensiva alemã: após serem atacados os submarinos lançavam destroços pelos tubos de torpedos para enganar as patrulhas aliadas. O submarino não afundou neste combate.

O inimigo continuava lá, incógnito sob as águas, à espera de um navio mercante, fácil de afundar e extremamente necessário para o esforço de guerra aliado. Enquanto Toinho foi pescar no dia seguinte, satisfeito por ter participado de alguma maneira daquela guerra que seria lembrada pra sempre.

Crônica fictícia baseada em fatos reais.

Fontes:

Diversos pescadores já afirmaram a existência de um submarino afundado entre as praias da Taíba e Pécem, a oeste de Fortaleza. No entanto a história nunca foi confirmada in loco ou em registros oficiais.


Subsídios para a História Marítima Brasileira, vol. XII; Ministério da Marinha – Serviço de Documentação Geral da Marinha; Imprensa Naval, Rio de Janeiro, 1953. Pág. 197. Trechos do livro:

- No dia 6 [de julho de 1943] um pescador às 12h, avistou um submarino na superfície, o qual quase abalroou uma embarcação; estava a 30`N de Fortaleza. O submarino tinha 2 canhões, 2 periscópios e estava pintado de azul.

- No dia 9 [de julho de 1943] foi afundado submarino por um avião naval americano na posição 03˚ 22` S - 48˚ 28` W [Ao plotar essas coordenadas em carta náutica obtemos um ponto quilômetros terra adentro. No entanto, alterando apenas o primeiro número da longitude obtemos um outro ponto no mar, poucos graus ao norte de Fortaleza o que corrobora a história do pescador e na qual foi baseada esta crônica]. Às 8h 20m, do mesmo dia, foi avistado periscópio por avião naval americano, na posição 03˚ 00` S - 48˚ 44` W [Ao plotar essas coordenadas em carta náutica obtemos ponto quilômetros terra adentro. No entanto, alterando apenas o primeiro número da longitude obtemos um ponto no mar poucos graus ao norte de Fortaleza]. Não foi atacado por ter mergulhado à grande profundidade.

(Coordenadas plotadas com as devidas correções)

Imagens:
Google Earth
Marcus Davis - Texto e Foto