segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Dia Mundia da Limpeza


Há dez anos nascia o movimento Let's do it! um movimento de limpeza para conscientizar as pessoas sobre o descarte de materiais em locais indevidos. Pouco a pouco o mundo foi aderindo e hoje cerca de 150 países fazem parte. No Brasil, quase todos os estados aderiram e foram mais de 360 cidades participando do evento que ocorreu no último sábado, 15 de setembro.
Concentração no Beach Park para a limpeza pela praia.

A Mar do Ceará não podia ficar de fora. E em parceria com o Beach Park foi organizada uma limpeza subaquática contando com a participação de cerca de 16 mergulhadores dos mais diversos níveis de certificação. A concentração ocorreu na área do parque e de lá os grupos dispersaram. A maior parte foi para a areia e os arredores do parque, enquanto os mergulhadores se dirigiram para o estuário do rio Pacoti.


O estuário do Rio Pacoti fica na praia de Cofeco, Fortaleza, Ceará. Para realizar a limpeza no estuário a Mar do Ceará mobilizou cerca de 16 mergulhadores, todos voluntários nos mais diversos níveis de certificação, desde iniciantes a dive masters. Houve o apoio de um jet ski, para recolher lixos maiores (um pneu por exemplo) como já foram encontrados.

A visibilidade não estava muito boa nesta ocasião, mas ainda assim os mergulhadores conseguiram tirar alguns sacos de lixo. A maior parte do lixo consistia em plástico. Muitas sacolas plásticas, garrafas e tampas e alguns pedaços de plástico.

A ação durou a manhã quase toda. Os mergulhadores, em dupla, percorreram a margem do estuário, por cerca de 30 metros. Muito lixo fica preso nas raízes das árvores de mangue ou nas pedras que margeiam o rio. A pouca visibilidade dificultou a ação e menos do que o que se esperava foi coletado.

Mas fica a mensagem: precisamos repensar o uso de plástico. Principalmente o plástico descartável e de uso único, como as sacolas. Esses materiais geralmente correspondem a maior parte do lixo coletado em ações como essa. Além disso, refletir sobre o que não se pode ver. O estuário encontra-se relativamente longe de aglomerados urbanos e ainda assim a quantidade de lixo é enorme. Não é porque não se vê que não machuca. O lixo que produzimos está por aí. É hora de repensar e reduzir!

Até o próximo ano, quando a ação se repetir e com certeza contar com a adesão de mais pessoas, mais cidades, vamos refletir sobre nossas escolhas. A única maneira de resolver de vez o problema do lixo é reduzir, repensar nossas escolhas todos os dias. Recusar a sacola plástica, a luva plástica, adotar um copo e usar o mesmo copo o máximo de vezes possível.


quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Tenho diabetes, posso mergulhar?

Os dois tipos de diabetes. 
Hoje, quase 7% dos brasileiros têm diabetes. Com tanta gente lidando com essa doença, difícil que alguns não queiram mergulhar. Mas e aí? Quem tem diabetes, pode mergulhar?

No começo, a prática do mergulho era proibida para quem tinha diabetes. Até que em 1996 a DAN (Divers Alert Network) fez uma pesquisa e descobriu que alguns dos mergulhadores cadastrados tinham diabetes. Depois de uma longa e extensiva pesquisa a DAN e a Undersea and Hyperbaric Medical Society criaram diretrizes para que pessoas com diabetes pudessem mergulhar sem problema em 2005. Isso se dois critérios fossem respeitados: 1. a pessoa não tivesse complicações cardíacas e 2. se restringisse ao mergulho recreativo. O mergulho profissional e comercial têm certas exigências que não permitem a prática do mergulho com segurança por quem tem diabetes.
A DAN (Divers Alert Network) recomenda o uso de pulseiras que identifiquem a sua condição de diabético e qual o tipo de diabetes que você tem. 

Para saber mais sobre a doença, consulte o site da Sociedade Brasileira de Diabetes. Existem dois tipos de diabetes, a tipo 1 e a tipo 2. Na tipo 1, a pessoa não produz insulina, que é um hormônio que o corpo usa para colocar glucose da corrente sanguínea dentro da célula. A glucose é um açúcar simples, feito pelo próprio organismo a partir dos açúcares que você ingere quando se alimenta. A diabetes tipo 2 é quando os níveis de açúcar no seu sangue sobem mais do que o normal, causando hiperglicemia. Essa é a forma mais comum de diabetes. Geralmente, ela ocorre porque o seu corpo não consegue produzir as quantidades adequadas de insulina para manter os níveis de glucose dentro do normal.
No Brasil, as pulseiras não são corriqueiras, mas podem salvar sua vida não somente num mergulho. 

A diabetes é uma doença séria que pode levar a morte ou causar danos permanentes no corpo. Apesar de ser facilmente controlada, alguns fatores do mergulho podem dificultar esse controle. No mergulho, por exemplo, é comum estar embarcado o que dificulta acesso a socorro médico. Outro fator a se levar em consideração é o esforço físico, que altera os níveis de açúcar no sangue. Apesar do planejamento correntes inesperadas podem aparecer aumentando o esforço físico. Sem contar que debaixo d'água fica mais difícil monitorar e controlar os níveis de açúcar. Os sintomas como tontura e desorientação podem ser facilmente confundidos com desidratação ou mareação.

Se sua diabetes está sob controle e o seu médico disse que você pode mergulhar, então vá nessa! Mas algumas coisas a se levar em consideração ANTES de mergulhar.
Ainda há desinformação e preconceito em relação a diabetes.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes

Lembre-se SEMPRE de informar a escola e/ou operadora de mergulho com a qual você for mergulhar sobre a sua condição antes de partir para o mergulho. Converse com o instrutor e deixe-o a par da sua situação. Programe-se e planeje-se levando tudo o que for necessário e leve em consideração que imprevistos podem ocorrer: condições de tempo podem piorar e fazer com que você fique mais tempo em alto mar do que o previsto; as correntes podem ser mais fortes do que o esperado; pode ser que você precise rebocar o seu dupla do mergulho de volta ao barco; etc. Esses e tantos outros imprevistos podem ocorrer e, sem ser pessimista, considere todos os cenários possíveis e vá preparado.

Mergulhando no mar aberto no Ceará é sempre importante lembrar que as correntes serão fortes em 90% das situações. Ou elas serão fortes na superfície ou no fundo. E muitas vezes elas serão fortes nos dois. Sendo assim, pense que o seu esforço mergulhando aqui será maior. Se estiver tudo ok para um primeiro mergulho de repente pode ser uma ótima ideia fazê-lo em uma área abrigada, que no Ceará uma ótima opção é o Córrego da Volta.

Por fim, na dúvida, não mergulhe! Não está se sentindo seguro quantos aos seus níveis de açúcar? Acha que a corrente está mais forte do que o previsto? Não se sentiu bem na véspera ou dias anteriores ao mergulho? Não há nada de errado em deixar para a próxima vez. Segurança SEMPRE em primeiro lugar!







Fonte:
https://www.diabetes.org.br/publico/artigos-sobre-diabetes/711-a-pratica-de-mergulho-por-pessoas-com-diabetes
http://ipadive.com/blog/2016/04/08/diabetico-pode-mergulhar/
https://www.diversalertnetwork.org/emailView/landing/blogs/divingAndDiabetes/index.html
https://www.diversalertnetwork.org/research/projects/diabetes/index.asp
https://controlaradiabetes.pt/entender-a-diabetes/o-que-acontece-na-diabetes-tipo-2
https://www.scubadiving.com/training/basic-skills/diving-diabetes#page-2