domingo, 18 de novembro de 2018

Como interagir com a vida marinha?


Antes de todo mergulho a expectativa é sobre o que se poderá encontrar durante o mergulho. Quem nunca mergulhou ou pelo menos não naquele ponto começa a perguntar: o que eu posso ver aqui. A grande maioria procura os animais, os corais e sempre há esperança de ver animais grandes. Tartarugas, golfinhos, baleias, etc. A maioria fica empolgado com a visão desses animais e nem sempre a interação ser humano/mergulhador com animais é intencionalmente errada. Assim sendo, vale a pena lembrar que há um código de etiqueta a se respeitar quando interagindo com a vida animal.

Mas não é somente mergulhando que encontramos com a vida selvagem. Em muitas praias formam-se poças de marés em piscinas rochosas que juntam peixes, moluscos e outras formas de vida. Mesmo na ausência de poças de marés um banhista pode facilmente encontrar com diferentes formas de vida. E aí? Estou dentro da água e vejo uma tartaruga enorme o que eu faço?

Primeiro: Não tocar! Nunca. Nossa pele tem bactérias e outros organismos que são comuns ao nosso corpo, mas em outros organismos isso pode fazer muito mal para eles. Além disso, nossas unhas podem arranhar e machucar muitas formas de vida. Mesmo se você estiver de luva não é uma boa ideia.

Se você estiver mergulhando nunca fique em pé, ou "pegue" carona ou se agarre com os animais. Isso pode machucá-los e/ou estressá-los. Pense o seguinte: se você estivesse de boas na sua casa e alguém entrasse sem pedir licença e sentasse no seu colo, como você se sentiria? Não somente como mergulhador(a) mas como ser humano, contato com a vida marinha deve ser evitado ao máximo.

Não alimente os animais. Tartarugas comem águas vivas. Alguns peixes comem algas ou corais. Isso não é a mesma coisa que comer pão ou arroz e feijão. Nossa alimentação pode fazer muito mal aos animais. Mesmo animais domésticos como cães e gatos não devem comer a maioria das coisas que os seres humanos comem.

Fica parecendo que na interação humano/mergulhador com os animais não se pode fazer nada. Mas é claro que há muito o que fazer! Tire quantas fotos você conseguir ou quiser. Filme, filme tudo o que vier pela frente! E mostre para todos que puder! Os animais precisam de alguém falando por eles. As pessoas costumam olhar os mares e oceanos e esquecer que há vida aos montes lá. Esquecer que não devemos poluir, pescar demais ou destruir habitats.

Entre para algum grupo de proteção animal. Ou pergunte na sua operadora/escola de mergulho como você pode contribuir para ajudar os animais e a vida marinha.

Aprenda sobre os animais. Sempre que filmar ou fotografar algo diferente pergunte para alguém. Sabendo, conhecendo algo temos a tendência a se preocupar mais e cuidar mais. Garanta que futuras gerações possam desfrutar da companhia do que é uma boa parte dos mergulhos: a vida.


Fonte:
https://www2.padi.com/blog/2018/08/27/responsible-marine-life-interactions-dos-donts/?utm_source=silverpopmailing&utm_medium=email&utm_campaign=WCA64%20-%20PAM%20-%20Dear%20Fellow%20Diver%20-%20en%20-%20Oct%202018%20-%20Web%20(1)&utm_content=americas&spMailingID=20391807&spUserID=NDYwOTYwMzY2MTQ0S0&spJobID=1360873492&spReportId=MTM2MDg3MzQ5MgS2

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Dia Mundia da Limpeza


Há dez anos nascia o movimento Let's do it! um movimento de limpeza para conscientizar as pessoas sobre o descarte de materiais em locais indevidos. Pouco a pouco o mundo foi aderindo e hoje cerca de 150 países fazem parte. No Brasil, quase todos os estados aderiram e foram mais de 360 cidades participando do evento que ocorreu no último sábado, 15 de setembro.
Concentração no Beach Park para a limpeza pela praia.

A Mar do Ceará não podia ficar de fora. E em parceria com o Beach Park foi organizada uma limpeza subaquática contando com a participação de cerca de 16 mergulhadores dos mais diversos níveis de certificação. A concentração ocorreu na área do parque e de lá os grupos dispersaram. A maior parte foi para a areia e os arredores do parque, enquanto os mergulhadores se dirigiram para o estuário do rio Pacoti.


O estuário do Rio Pacoti fica na praia de Cofeco, Fortaleza, Ceará. Para realizar a limpeza no estuário a Mar do Ceará mobilizou cerca de 16 mergulhadores, todos voluntários nos mais diversos níveis de certificação, desde iniciantes a dive masters. Houve o apoio de um jet ski, para recolher lixos maiores (um pneu por exemplo) como já foram encontrados.

A visibilidade não estava muito boa nesta ocasião, mas ainda assim os mergulhadores conseguiram tirar alguns sacos de lixo. A maior parte do lixo consistia em plástico. Muitas sacolas plásticas, garrafas e tampas e alguns pedaços de plástico.

A ação durou a manhã quase toda. Os mergulhadores, em dupla, percorreram a margem do estuário, por cerca de 30 metros. Muito lixo fica preso nas raízes das árvores de mangue ou nas pedras que margeiam o rio. A pouca visibilidade dificultou a ação e menos do que o que se esperava foi coletado.

Mas fica a mensagem: precisamos repensar o uso de plástico. Principalmente o plástico descartável e de uso único, como as sacolas. Esses materiais geralmente correspondem a maior parte do lixo coletado em ações como essa. Além disso, refletir sobre o que não se pode ver. O estuário encontra-se relativamente longe de aglomerados urbanos e ainda assim a quantidade de lixo é enorme. Não é porque não se vê que não machuca. O lixo que produzimos está por aí. É hora de repensar e reduzir!

Até o próximo ano, quando a ação se repetir e com certeza contar com a adesão de mais pessoas, mais cidades, vamos refletir sobre nossas escolhas. A única maneira de resolver de vez o problema do lixo é reduzir, repensar nossas escolhas todos os dias. Recusar a sacola plástica, a luva plástica, adotar um copo e usar o mesmo copo o máximo de vezes possível.


quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Tenho diabetes, posso mergulhar?

Os dois tipos de diabetes. 
Hoje, quase 7% dos brasileiros têm diabetes. Com tanta gente lidando com essa doença, difícil que alguns não queiram mergulhar. Mas e aí? Quem tem diabetes, pode mergulhar?

No começo, a prática do mergulho era proibida para quem tinha diabetes. Até que em 1996 a DAN (Divers Alert Network) fez uma pesquisa e descobriu que alguns dos mergulhadores cadastrados tinham diabetes. Depois de uma longa e extensiva pesquisa a DAN e a Undersea and Hyperbaric Medical Society criaram diretrizes para que pessoas com diabetes pudessem mergulhar sem problema em 2005. Isso se dois critérios fossem respeitados: 1. a pessoa não tivesse complicações cardíacas e 2. se restringisse ao mergulho recreativo. O mergulho profissional e comercial têm certas exigências que não permitem a prática do mergulho com segurança por quem tem diabetes.
A DAN (Divers Alert Network) recomenda o uso de pulseiras que identifiquem a sua condição de diabético e qual o tipo de diabetes que você tem. 

Para saber mais sobre a doença, consulte o site da Sociedade Brasileira de Diabetes. Existem dois tipos de diabetes, a tipo 1 e a tipo 2. Na tipo 1, a pessoa não produz insulina, que é um hormônio que o corpo usa para colocar glucose da corrente sanguínea dentro da célula. A glucose é um açúcar simples, feito pelo próprio organismo a partir dos açúcares que você ingere quando se alimenta. A diabetes tipo 2 é quando os níveis de açúcar no seu sangue sobem mais do que o normal, causando hiperglicemia. Essa é a forma mais comum de diabetes. Geralmente, ela ocorre porque o seu corpo não consegue produzir as quantidades adequadas de insulina para manter os níveis de glucose dentro do normal.
No Brasil, as pulseiras não são corriqueiras, mas podem salvar sua vida não somente num mergulho. 

A diabetes é uma doença séria que pode levar a morte ou causar danos permanentes no corpo. Apesar de ser facilmente controlada, alguns fatores do mergulho podem dificultar esse controle. No mergulho, por exemplo, é comum estar embarcado o que dificulta acesso a socorro médico. Outro fator a se levar em consideração é o esforço físico, que altera os níveis de açúcar no sangue. Apesar do planejamento correntes inesperadas podem aparecer aumentando o esforço físico. Sem contar que debaixo d'água fica mais difícil monitorar e controlar os níveis de açúcar. Os sintomas como tontura e desorientação podem ser facilmente confundidos com desidratação ou mareação.

Se sua diabetes está sob controle e o seu médico disse que você pode mergulhar, então vá nessa! Mas algumas coisas a se levar em consideração ANTES de mergulhar.
Ainda há desinformação e preconceito em relação a diabetes.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes

Lembre-se SEMPRE de informar a escola e/ou operadora de mergulho com a qual você for mergulhar sobre a sua condição antes de partir para o mergulho. Converse com o instrutor e deixe-o a par da sua situação. Programe-se e planeje-se levando tudo o que for necessário e leve em consideração que imprevistos podem ocorrer: condições de tempo podem piorar e fazer com que você fique mais tempo em alto mar do que o previsto; as correntes podem ser mais fortes do que o esperado; pode ser que você precise rebocar o seu dupla do mergulho de volta ao barco; etc. Esses e tantos outros imprevistos podem ocorrer e, sem ser pessimista, considere todos os cenários possíveis e vá preparado.

Mergulhando no mar aberto no Ceará é sempre importante lembrar que as correntes serão fortes em 90% das situações. Ou elas serão fortes na superfície ou no fundo. E muitas vezes elas serão fortes nos dois. Sendo assim, pense que o seu esforço mergulhando aqui será maior. Se estiver tudo ok para um primeiro mergulho de repente pode ser uma ótima ideia fazê-lo em uma área abrigada, que no Ceará uma ótima opção é o Córrego da Volta.

Por fim, na dúvida, não mergulhe! Não está se sentindo seguro quantos aos seus níveis de açúcar? Acha que a corrente está mais forte do que o previsto? Não se sentiu bem na véspera ou dias anteriores ao mergulho? Não há nada de errado em deixar para a próxima vez. Segurança SEMPRE em primeiro lugar!







Fonte:
https://www.diabetes.org.br/publico/artigos-sobre-diabetes/711-a-pratica-de-mergulho-por-pessoas-com-diabetes
http://ipadive.com/blog/2016/04/08/diabetico-pode-mergulhar/
https://www.diversalertnetwork.org/emailView/landing/blogs/divingAndDiabetes/index.html
https://www.diversalertnetwork.org/research/projects/diabetes/index.asp
https://controlaradiabetes.pt/entender-a-diabetes/o-que-acontece-na-diabetes-tipo-2
https://www.scubadiving.com/training/basic-skills/diving-diabetes#page-2

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Insight sobre mergulho em caverna

Mergulhadores tailandêses verificando o nível da água no túnel.

Este mês, o mundo acompanhou um resgate emocionante na Tailândia. Mergulhadores se tornaram heróis. E mais uma vez se levantou os riscos e perigos do mergulho. Do mergulho em caverna. O mergulho recreativo é estatisticamente considerado um dos esportes mais seguros que existem, enquanto o mergulho em caverna é considerado um dos mais perigosos. Assim sendo, alguns esclarecimentos em relação ao que aconteceu na Tailândia.

Mergulho em caverna. Fonte: https://www.leisurepro.com
Antes de mais nada é preciso lembrar que há vários tipos de mergulho. Mergulho em caverna é uma categoria a parte. Tanto a PADI quanto a NAUI (associações que regulamentam e emitem certificações a mergulhadores) e as outras certificadoras consideram o mergulho em caverna uma especialidade. Algo a se fazer DEPOIS de se ter um curso de mergulho básico. Um tipo de mergulho para o qual é necessário já ter alguma prática e experiência no mergulho recreativo.

De acordo com Clecio Mayrink, um dos idealizadores do site Brasil Mergulho e experiente mergulhador de caverna, uma das principais causas de morte em caverna é a falta de técnica do mergulhador. Isso para se explicar porque tanto nervosismo ao se retirar os meninos da caverna na Tailândia. O mergulho autônomo recreacional por si só já traz suas dificuldades para um iniciante, como se acostumar com o equipamento e a respiração. Num mergulho em caverna em que se requer um mínimo de experiência, explica-se o nervosismo em escolher essa forma de resgate. E por isso se escolheu sedar os meninos. Entrando em pânico durante o mergulho eles colocariam em risco não somente as próprias vidas como as dos mergulhadores de resgate. Assim, desacordados, foi possível se fazer a retiradas deles em segurança.

Entrada da Mina da Passagem, na cidade de Mariana, Minas Gerais 
Apesar de todos os riscos envolvidos num mergulho em caverna (trata-se de um lugar apertado, que muitas vezes tem apenas uma entrada, é em geral escuro, etc.) muitos escolhem esse tipo de mergulho.  Em busca de cenários que não podem ser vistos em nenhum outro lugar, sem contar cenários que poucos terão acesso, todos os anos várias pessoas de diversos países se especializam nessa atividade. Além disso, alguns mergulhadores buscam a emoção de um mergulho que tem mais dificuldades e que forçam os limites de cada um. Esse foi um dos motivos que levou Michael Will, cearense de Fortaleza, farmacêutico, a buscar essa experiência em Minas Gerais, na Mina da Passagem. "Doido pra se tornar instrutor de mergulho" nas palavras dele, fez a escolha desse mergulho por acreditar que melhoria sua habilidade como mergulhador. A maior dificuldade para ele foi se acostumar com locais apertados e o equipamento (mergulho em caverna tem todo um equipamento diferenciado do mergulho autônomo). Ao mesmo tempo ele achou a experiência parecida com o mergulho em naufrágio, atividade para a qual ele já tem certificação.

Michael Will mergulhando na Mina da Passagem, Mariana, Minas Gerais
A Mina da Passagem trata-se de uma categoria dentro do mergulho em cavernas, por tratar-se de uma estrutura feita pelo ser humano, ao contrário das formações naturais. Ainda assim, os riscos e perigos são os mesmos. Este ponto de mergulho assim como outros já teve trechos bem mapeados e que são constantemente monitorados, garantindo assim, segurança para quem começa na atividade. No caso específico da Mina da Passagem uma curiosidade. A partir de um determinado ponto, o mergulho torna-se mais difícil e arriscado, assim o aviso: a partir dali apenas mergulhadores experientes! O que é usado para marcar esse ponto? Um boneco bem assustador.

Para quem não tem medo de lugares apertados e que gosta de um visual cênico bem diferente e único, fica a dica: mergulho em caverna! Em geral, há pouca vida nesses lugares, mas mesmo assim os cenários podem ser belíssimos. 






Fonte:
http://www2.padi.com/blog/2013/03/26/cave-diving-a-hidden-world-awaits/
http://www.brasilmergulho.com/porque-mergulhadores-morrem-em-cavernas/
https://www.thephuketnews.com
https://www.vox.com/2018/7/11/17561932/thai-cave-rescue-boys-stretcher https://www.leisurepro.com/blog/scuba-guides/cave-diving-enter-underground-world/
http://www.divegold.com.br/minadapassagem.html
http://www.altomarmergulho.com.br/cavernas-pelo-mundo-mina-da-passagem/

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Cearenses que mergulham longe


Foto da Silfra por Filipe Alencar

Curiosidade, paixão pelo mar ou desejo de aventura estão entre os motivos que levam as pessoas a mergulhar. No geral, acho que todos são movidos pelo desejo ou sonho de mergulhar. Alguns vão mais longe, figurativa e literalmente. Como Anistela Nunes que num espaço de dois anos foi do primeiro mergulho a se formar instrutora de mergulho e ter certificação de mergulhadora técnica. De lá para cá já foram mais de 400 mergulhos e esse ano, um desses foi literalmente longe: na Islândia.

Anistela Nunes mergulhando na Silfra
A Islândia tem um dos mergulhos mais procurados do mundo, pois é possível mergulhar e tocar ao mesmo tempo em duas placas tectônicas: a da Eurásia e a da América do Norte. Localizada no Parque Nacional de Thingvellir, a Silfra, como é chamada a fissura, fornece um dos mergulhos com água mais clara do mundo, podendo passar dos 100 m de visibilidade. A Silfra é preenchida com água derretida originada de uma geleira chamada Langjökull e permanece fria o ano todo com temperatura entre 2°C – 4°C. A temperatura faz com que o mergulhador tenha que estar preparado, usando o equipamento adequado. No entanto, mesmo quando a temperatura do ar cai, a água na fissura não congela pela constante entrada de água derretida da geleira.

Por estar bem na junção das duas placas tectônicas, a Silfra é considerado um local de mergulho vivo, que constantemente muda. Quer seja pelo deslizamento de rochas após um terremoto ou pelo afastamento das placas, é um local de mergulho que vale a pena ser visitado várias vezes. Quiser saber mais sobre esse mergulho clique AQUI (site em inglês). Apesar do lago próximo estar repleto de peixes o charme do lugar é a própria paisagem. Formas de vida limitam-se a algas, que dão um toque especial ao cenário.

Mas não precisa ir tão longe (figurativamente) quanto Anistela para fazer esse mergulho. No caso de Filipe Alencar, o sonho já era esse mergulho na Islândia. O que ele queria era a experiência de mergulhar entre as duas placas, além de uma paixão pelo país. Ele começou a mergulhar em dezembro de 2017 e já em março partiu para realizar esse sonho. O curso básico de mergulho e o curso de "dry suit" ou roupa seca, equipamento necessário para mergulhar em águas tão frias, veio um atrás do outro. Mas a pouca experiência não é nada, quando se tem um sonho. Coragem de ir atrás e um pouco de treino já bastam em várias situações. Verdade que alguns mergulhos ao redor do mundo pedem mais experiência, mas não é o caso de mergulhar na Silfra. 


Filipe Alencar mergulhando na Silfra
Não interessa se você é um mergulhador experiente como Anistela, ou se você está começando sua aventura no mundo dos mergulhos há pouco tempo como Filipe, o que importa é que se você tem um sonho de um mergulho (ou de mergulhar) que você vá atrás! Que você possa ter coragem de fazer como esses dois: ir longe! Se não fez o curso ainda, faça. Se falta algum curso ou certificação, corre atrás. O que você está esperando? 














Fonte:
https://www.dive.is/dive-sites/silfra

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Um breve relato da mareação ao longo da história

Um trirreme, antiga embarcação grega.
Fonte: Wikipedia

Alguns posts atrás falamos sobre o que é a mareação ou o enjoo que se sente quando embarcado e como se prevenir ou lidar com esse desconforto. Se você não leu ainda, clique AQUI para saber do que se trata.

Uma coisa muito comum numa embarcação é as pessoas mareadas se sentirem desanimadas. Muitas desistem de mergulhar se for o caso de estarem embarcadas para o mergulho. Se for somente um passeio de barco durante as férias, podem mal dizer as férias inteiras por conta desse desconforto. Mas o que pouca gente sabe é que a História está cheia de personagens ilustres que ficavam mareados. A “mareação” é tão antiga quanto o barco (ou embarcações de um modo geral) e seus relatos quase tão antigos quanto a escrita. Textos chineses e indianos antigos já traziam até remédios (o gengibre) para esse "mal".

Marinheiros e viajantes têm  sofrido com enjoo causado pelo movimento desde tempos remotos. A mareação é frequentemente mencionada em textos antigos romanos e gregos. Hipócrates, o antigo médico grego, considerado pai da medicina, escreveu sobre a condição. Cícero, importante filósofo romano, ficava feliz se pudesse evitar uma viagem longa. E o pobre Sêneca, um dos mais célebres intelectuais romanos, sofria tanto que ficava numa situação de “não aguento mais”. Horácio, poeta e filósofo romano, escreveu que a mareação era um igualador social: abundância não protege ninguém e os ricos sofrem tanto quanto os homens pobres. Nos registros das campanhas militares de Júlio Cesar, ditador romano, há histórias de recrutas vomitando e até cavalos mareados.
Hipócrates, médico grego.
Fonte: https://www.biography.com/people/hippocrates-082216

A mareação tem tido um papel importante na história. Não surpreendentemente há vários heróis e pessoas famosas entre os grandes mareadores. É muito difícil encontrar alguém que nunca ficou mareado. Praticamente todo mundo mareia. É uma reação natural ao movimento do barco (ou embarcação).

Durante as viagens da Idade Média, a mareação era um problema constante. Colombo e seus homens foram afetados. A mareação inclusive teve papel importante na vitória da Inglaterra sobre a Armada Espanhola em 1588. O almirante no comando da Armada era o Duque de Medina Sidonia, um general militar que passou pouco tempo no mar. Ele sofreu severa mareação e isso, associado a golpes de má sorte, foram o desastre para a Espanha.

Os escravos levados da África sofriam de mareação e esta estava entre alguns dos horrores aos quais eles tinham que sobreviver. Pode-se até pensar que marinheiros estejam imunes, mas um surpreendente número de homens da marinha sofriam de mareação. Esses relatos, inclusive, são frequentemente mencionado em registros navais históricos do século XVIII e XIX. Até o Almirante Nelson, o herói da marinha britânica durante as guerras napoleônicas, que começou a ir para o mar aos 12 anos sofria gravemente. Diz-se que ele nunca superou a mareação e que se sentia miserável durante a primeira parte (os primeiros dias) de todas as viagens. Até Charles Darwin, autor de A Origem das Espécies, sofreu bastante a bordo do Beagle.
O navio Beagle, que levou a bordo Charles Darwin durante o período em que coletava informação para elaborar a teoria de evolução.
Fonte: http://www.genesispark.com/wp-content/uploads/2017/04/HMS-Beagle.jpg

Toda ideia romantizada que temos das grandes travessias durante a ocupação das Américas, as próprias viagens de Charles Darwin e quantas mais você quiser imaginar, pode-se acrescentar um toque de desconforto e mareação a cada uma delas. Pode não servir de consolo, mas saber que isso não impediu grandes homens de grandes feitos pode te ajudar a encarar a próxima situação de mareação com mais ânimo. Ou pelo menos, um pouco mais de vontade de persistir e fazer o que quer que você tenha se proposto a fazer estando embarcado.

Fonte:
http://www.bbc.com/future/story/20160818-how-do-you-beat-seasickness
http://www.motion-sickness-guru.com/a-brief-history-of-motion-sickness.html

domingo, 3 de junho de 2018

Fortaleza sediará a II Semana do Mar (SEMAR)


Fortaleza sediará um dos maiores eventos já realizados no Nordeste para falar sobre o mar nas mais diversas vertentes. Esporte, meio ambiente, história, economia, segurança, ciência, comunicação e saúde estarão reunidos na Segunda Semana do Mar (Semar). Que ocorrerá de 9 a 12 de junho no Iate Clube de Fortaleza. O tema principal desse ano será o LIXO MARINHO!

Na manhã de sábado (09/06) serão iniciadas as atividades com uma limpeza de praia que também contará com o apoio de 20 mergulhadores, organizados pela escola e operadora de mergulho Mar do Ceará. Enquanto voluntários fazem a limpeza na areia, os mergulhadores irão retirar os resíduos submersos em um ponto específico da praia.

A “Batalha do Riachuelo”, será homenageada no domingo com uma regata, e contaremos com a participação da banda de música da Marinha do Brasil que realizará a abertura das competições aquáticas. Dentre os esportes aquáticos competindo estão O Stand up padlle, caiaque, vela e natação.

Durante os quatro dias do evento, especialistas participam em mais de 20 palestras e 10 exposições, além de oficinas de mergulho com a Mar do Ceará na piscina do Iate Clube. Entre os temas das palestras estão o combate ao lixo marinho, a conservação no manguezal, mergulho recreativo e profissional, esportes de vela, surf e stand up paddle como superação. Com a Universidade Federal do Ceará, Sema, Seuma, IBAMA, ABLM (Associação Brasileira do Lixo Marinho), Colônia de Pescadores, Capitania dos Portos, Marinha do Brasil e a operadora de Mergulho Mar do Ceará, sendo mediada pela jornalista Maristela Crispim será discutido na mesa-redonda a fiscalização e gestão dos resíduos sólidos marinhos no Estado no Ceará.

Haverá exposições de peças de antiguidade náuticas, venda de peças de cristais resgatadas do fundo do mar, stand da Prefeitura com doação de mudas, exposição de aquarismo, exposição itinerante Terra em Movimento: E o mar virou sertão, e muito mais. O encerramento do evento contará com a participação especial do Coral da UFC

O evento é gratuito e aberto ao público, sendo sugerido a doação de 1 quilo de alimento para aqueles que participarem das palestras. Os alimentos arrecadados serão organizados para posterior doação de cestas básicas.

Dentre as atrações mais aguardadas, está a palestra de Amyr Klink, que será realizada no dia 09 de junho, às 17h30min. Esta palestra conta com uma pré-inscrição, então, quem quiser assistir deverá comparecer ao local do evento no próprio sábado dia 09 de junho das 13hrs às 17 horas.

A Segunda Semana do Mar é realizada por um coletivo de entidades independentes que
operam, estudam ou produzem conhecimento no mar, como a escola e operadora de mergulho Mar
do Ceará e têm o apoio da Marinha do Brasil, Universidade Federal do Ceará, Capitania dos
Portos, Governo do Estado, Prefeitura de Fortaleza e o Iate Clube de Fortaleza.

Texto em parceria com Lídia Torquato

Parceiros:





Serviço:
II Semana do Mar - SEMAR
Data: 9 a 12 de junho
Horário: 8h às 20h
Local: Iate Clube de Fortaleza, Av. Abolição, 4813 – Mucuripe.
Entrada gratuita (sugestão de doação de 1 kg de alimento por dia para quem for participar das
palestras)

Informações para entrevistas:
Augusto Bastos (85)9.9984-5411
Lídia Torquato (85)9.9609-3289



quarta-feira, 16 de maio de 2018

Questionário aplicado aos mergulhadores e pescadores do Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio


O Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio contém vários pontos de mergulho fantásticos. Com visibilidade que pode chegar a mais de 20 m, durante o primeiro semestre a Mar do Ceará faz operações todo mês com saídas para mergulhadores de nível básico a avançado. Para saber mais sobre as saídas de mergulho para o parque clique AQUI.

Criado em 1997 o parque ainda não tem um plano de manejo definido. Para saber mais sobre essas questões clique AQUI  e AQUI. Um ponto importante para se elaborar um bom plano de manejo é escutar quem utiliza a área. Claro que nem sempre isso acontece por uma série de motivos. O interesse na opinião de usuários de uma área existe, mesmo que nem sempre essa opinião possa ser acatada. Tem isso em mente, mergulhadores e pescadores estão sendo convidados a responder um questionário que é parte de um projeto de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais da Universidade Federal do Ceará (UFC), que tem como finalidade avaliar as relações de causa e efeito das ações antrópicas no parque.

Para responder ao questionário clique AQUI.

Não há necessidade de se identificar. Pede-se que responda ao questionário da forma mais sincera possível. O questionário é curtinho e é uma chance para que administradores e/ou envolvidos no manejo do parque possam ao menos ter uma ideia da opinião dos usuários.


Fotos: Marcus Davis


sexta-feira, 11 de maio de 2018

Um centro de mergulho no Ceará?

Centro de mergulho onde se localiza a Y-40, piscina mais profunda do mundo.

No mundo todo existem centenas de centros de mergulho. Mesmo no Brasil já existem alguns. Mas já pensou se existisse um no Ceará? A Lethycia Aquino, mergulhadora e estudante de arquitetura, pensou nisso. A partir daí, ela tomou a decisão de fazer do seu projeto de conclusão de curso sobre como seria se houvesse mesmo um centro de mergulho no Ceará.

Lethycia Aquino, estudante de arquitetura e mergulhadora.
Quando ela falou sobre essa ideia, muita gente achou estranho. E a pergunta que ela mais ouviu foi: “Mas qual a relação entre o mergulho (autônomo ou livre) e a arquitetura?” A resposta dela foi: “nós mergulhadores precisamos de um espaço para aprender a mergulhar, com sala de aula, piscina e outras coisas que são construídas dentro de uma edificação. Seria muito bom se tivéssemos um espaço pensado para isso, adequado para fazer diversos tipos de atividades relacionadas ao mergulho. Quando eu fiz o curso de mergulho recreativo, senti falta disso e decidir projetar o que seria o local ideal”.

A Lethycia sabe o que ela quer no centro de mergulho. E até tem informação sobre o que precisa. Mas ela também quer saber a opinião de outros mergulhadores. Assim, ela está fazendo uma pesquisa com os mergulhadores, um questionário elaborado para saber o que eles precisam ou o que gostariam que tivesse num centro de mergulho no nosso estado.

Apoiando a ideia dela, estamos colocando o link do questionário para que você possa dar sua opinião.

Para responder a pesquisa basta clicar AQUI! A pesquisa é curtinha e rapidinho você pode responder.

Vale lembrar que esse questionário é parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR) da estudante Lethycia Aquino, com o tema de "Centro de Mergulho do Ceará". As respostas obtidas nortearão o desenvolvimento do projeto acadêmico.  Ou seja, ela vai levar em consideração a sua opinião sobre o que deveria ter num centro de mergulho.

Marcus Davis visitando um centro de mergulho na Alemanha.
Suas respostas são confidenciais, sendo utilizadas somente para a realização desse trabalho. Além disso, se você não quiser se identificar não há necessidade para tanto. O preenchimento da identificação é opcional.

As perguntas são direcionadas para mergulhadores, principalmente aqueles do mergulho recreativo e/ou livre, sejam praticantes ou profissionais da área. Se você mergulha, aproveite para dar sua opinião.

Texto com colaboração de Lethycia Aquino
Fonte:
https://www.deeperblue.com/visiting-the-y-40-the-worlds-deepest-pool/

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Mar, mareado, mareação

A alegria dos mergulhadores logo após embarcarem.
Todo mergulhador que já fez um mergulho embarcado sabe sobre o que vamos falar nas próximas linhas. Ou melhor, todo mundo que já andou de barco ou navio, sabe sobre o que vamos falar. Se você não embarcou ainda, se nunca embarcou na vida, eu sugiro que pule direto para a parte "O que fazer antes de embarcar". Digo isso porque uma boa parte da mareação é psicológica. Então, se você ler isso antes de embarcar a primeira vez as chances de que você saberá na prática o que é mareação são maiores.

Bom, se você continuou lendo há duas possibilidades: você já sabe do que estamos falando ou a sua curiosidade foi maior. Mareação ou cinetose é quando você está embarcado e se sente mal ficando enjoado e até vomitando. A teoria mais aceita diz que isso acontece porque seu senso de equilíbrio entende que você está parado quando na verdade você está se movendo. Cinetose na verdade são todos os tipos de enjoo por causa do movimento: de barco ou navio, no carro e em avião. Mareação (o ato, substantivo) ou marear (o verbo) é específico de quando você fica enjoado porque está dentro de um barco ou navio. Lembrando que nem todo mundo que fica enjoado num barco fica enjoado em carros e aviões e vice versa.

O barco balança, se move e balança e enquanto você olha ao redor o seu cérebro tem problemas tentando equilibrar você e há conflito. Aquilo que a parte interna do seu ouvido e seus olhos captam pode ser diferente e seu cérebro entende como informações conflitantes. Ou seja, você olha para os lados, mas não entende que está se movendo. O seu ouvido interno entende que você está se movendo, ou melhor, sente que há movimento. E essas duas informações chegam ao cérebro como sendo contraditórias.

Os mesmos mergulhadores após algumas horas embarcados. 
Não se sabe ao certo porque a resposta do organismo é te deixar enjoado, com a boca seca, dor de cabeça, sudorese além de ficar pálido. Uma pessoa pode ter todos os sintomas ou só um ou dois. E você pode ficar bem enjoado e não vomitar. Ou pode só ficar enjoado, não sentir mais nada e de repente começar a vomitar. Enfim, o que interessa é que mareação pode ser bem ruim e a Ciência ainda não tem certeza de porque essa resposta é assim.

Se você estiver embarcado para mergulhar, acredite quando dizem que melhora quando cai na água. Nunca deixe de fazer um mergulho porque você está mareado. Deitado no barco você pode se sentir um pouco melhor (apesar das pesquisas mostrarem que isso piora o seu estado de enjoo), mas o contato com a água e principalmente o descer na água vai fazer com que você se sinta muito melhor. Toda operadora/escola de mergulho sabe lidar com os mareados. Então, se for o caso peça ajuda. Diga que não consegue se levantar e/ou se equipar. No Ceará, porque nossos mares são mais agitados do que em outros lugares, o pessoal da Mar do Ceará está mais do que preparado para cuidar de você. Resista ao desejo de desistir!

Há outras coisas que você pode e deve fazer enquanto está dentro do barco para se sentir melhor. Coma enquanto está a bordo. Muito provavelmente você não sentirá forme, mas um estômago vazio é pior. E principalmente, beba água. Muita água. Você já tem uma tendência a ficar desidratado por estar no sol. Vomitando isso acelera o processo. Então para evitar que se sinta ainda pior por estar mareado: BEBA água!

Imagem ilustrando a relação olhos e ouvido interno durante a mareação.
Fonte: http://www.leventefe.com.au/motion-sickness/


Além dessas dicas há outras no site da PADI (Professional Association of Diving Instructors) :


  • Quando no barco: Ficar no convés e olhar para o horizonte. Evitar ficar próximo dos motores e inalar o cheiro de fumaça. 
  • Antes de embarcar (dias anteriores ou logo antes): evitar refeições pesadas. 
  • Beber bastante água
  • Evitar bebidas alcólicas no dia anterior a embarcar
  • Se possível fique de pé. Sentar ou deitar pode fazer com que você se sinta pior. 
  • Como bolachas (biscoitos) de água e sal para acalmar o estômago
  • Evite outras pessoas que estejam mareadas (obs: ver alguém passando mal pode fazer com que você passe mal também. Lembra o tal do "psicológico"? Pois é, ele pode ser mais forte do que você imagina.)
Quanto a medicação existem as vendidas nas farmácias, mas não tome remédios sem consultar um médico! E lembre-se que a maioria desses remédios requer que você comece a tomar várias horas antes de embarcar. Sem contar que todo medicamento tem efeitos colaterais, então cuidado!
Quando embarcado: beba água!
Resumindo

ANTES DE EMBARCAR (dias e horas antes)


  • Durma bem
  • Evite bebidas alcólicas
  • Evite comidas pesadas 
  • Como alguma coisa (se for emb7arcar de manhã, coma bem no café da manhã)

DURANTE O EMBARQUE 
  • Beba água
  • Tente comer
  • Não tenha medo, nem vergonha de vomitar
  • Procure olhar para o horizonte
  • Se estiver enjoado procure respirar ar fresco e evite respirar a fumaça que sai do motor
  • Evite abaixar a cabeça ou olhar para o chão


Fonte:
https://www.diversalertnetwork.org/medical/articles/Motion_Sickness_Updated_2003
http://www2.padi.com/blog/2015/07/31/simple-tips-for-preventing-seasickness-divers-alert-network/
Benson, Alan J. (2002). "Motion Sickness". In Kent B. Pandoff; Robert E. Burr. Medical Aspects of Harsh Environments (PDF). 2. Washington, D.C.: Borden Institute. pp. 1048–1083. ISBN 978-0-16-051184-4. Retrieved 27 Mar 2017.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Fernando de Noronha: a ilha e os mergulhos

Vista geral da Ilha

             
             A grande maioria das pessoas quando escuta o nome “Noronha” já pensa em praias lindas e lugar paradisíaco. Imagens belíssimas passam pela cabeça dessas pessoas. Mas pouca gente realmente sabe o que é Noronha ou até mesmo onde fica.  
            Fernando de Noronha é na verdade o nome de um arquipélago (conjunto de ilhas). O arquipélago é formado por vinte e uma ilhas, numa extensão de 26 km2. A ilha principal, também denominada Fernando de Noronha, é a única ilha habitada e tem uma área de 17km2. Todas as outras ilhas fazem parte do Parque Nacional Marinho e só podem ser visitadas se o IBAMA autorizar.
            O arquipélago se encontra a mais de 300 km de distância do continente, ou seja, um pouco difícil chegar lá nadando. Apesar de ser mais próximo de Natal, Rio Grande do Norte, pertence na verdade a Recife, Pernambuco e há voos diretos diários saindo das duas cidade para chegar na ilha. Ir de barco ou navio também é uma opção, mas há taxas a se pagar e não se pode atracar em qualquer lugar.

            Apesar do acesso restrito, e do tamanho do arquipélago somente na ilha principal há bastante que fazer e ver. São mais de 20 praias situadas ao longo dos dois lados da ilha, o Mar de Dentro e o Mar de Fora. O Mar de Dentro é o lado a noroeste da ilha, onde estão localizadas a maioria das praias, o Mar de Fora fica a sudeste da ilha. Praias abrigadas, em baias, também são comuns na ilha. 
Baia dos Porcos
             Como uma ilha no meio de um mar tropical, Noronha pode ser realmente considerada um paraíso. Faz sol a maior parte do ano, e águas mornas favorecem o esporte deste blog que você agora visita: o mergulho. Noronha entra para o topo da lista dos pontos de mergulhos do Brasil e há quem diga do mundo.
            A possibilidade de uma visibilidade de até 50 metros, águas calmas em vários pontos da ilha fazem com que mesmo iniciantes na prática do mergulho ou aqueles que nunca mergulharam na vida, possam usufruir do esporte. Também há vários pontos de fácil acesso e que são rasos o bastante para garantir um mergulho seguro e muito divertido para quem tenta o esporte pela primeira vez. 
            Para os mergulhadores experientes há todo tipo de mergulho: noturno, técnico, nitrox e por aí vai. Alguns mergulhos, como visitar a Corveta, requerem inclusive treinamento avançado e experiência. Mas mesmo uma máscara e snorkel podem garantir diversão, para ver peixes na beira da praia.
Mapa dos mergulhos na Ilha de Fernando de Noronha, clique aqui para ver a imagem em tamanho real. 

            A Mar do Ceará está começando a bater o ponto em Noronha. Por duas vezes já a escola e operadora de mergulho levou uma galerinha para mergulhar: uma em outubro de 2015 e outra em outubro de 2016. Quiserem conferir as fotos desses dois momentos cliquem aqui para 2015 e aqui para 2016. A galera se divertiu fazendo trilhas além dos mergulhos. Foi tempo de curtir a ilha, curtir o mar e as praias. Enfim, vida e liberdade total nesse paraíso na terra. 
          E em 2018 a Mar do Ceará vai levar a galerinha de novo para Noronha! A viagem promete! Vamos? Ainda dá tempo!

Fonte:

https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/fernando-de-noronha-7/
http://www.noronha.pe.gov.br/instMeioAmbiente.php http://www.ilhadenoronha.com.br/ailha/mergulho_em_noronha.php