(Trecho do Livro "Álbum de Fortaleza" de 1931)
Foi em Novembro de 1929 quando o navio "Higho"de nacionalidade desconhecida fundeou ao largo de Fortaleza trazendo consigo duas enormes caldeiras para a "Rede de Viação Cearense". Durante o desembarque as duas caldeiras soltaram-se dos guindastes e caíram no mar submergindo rapidamente a uma profundidade de 20 "braças" - aproximadamente 36 metros.
Pois foi então que o caboclo João Miguel, um catraiêiro* de muita coragem se dispôs a mergulhar e prender os cabos do guindate às caldeiras. Inicialmente visto com desconfiança João mergulhava durante o período de baixa da maré o que diminuia a profundidade e, utilizando somente o ar dos seus pulmões e um equipamento de mergulho rudimentar passava de 2,5 a 3 minutos submerso.
Após três dias de intensos trabalhos as caldeiras puderam ser içadas com êxito do fundo do oceano. O feito de João Miguel nos verdes mares cearenses foi tão admirável que ficou registrado em livros da época sobre história do Ceará.
(João Miguel, o mergulhador "catraiêiro")
*Catraiêiro. "Catraia" é como é chamada um tipo de jangada movida a remo utilizada para o embarque e desembarque de pessoas ou materiais. O catraieiro é quem rema a catraia.
Fonte:
Biblioteca Menezes Pimentel - Álbum de Fortaleza, 1931
visss que bicho desenrrolado...
ResponderExcluirja pensou ele o Regis de dupla....ehheehhe
tinha pra ninguem nao!!
heheh