(Imagem Ilustrativa)
No litoral de Aracati encontra-se afundado um navio cargueiro chamado Macau. Segundo pescadores, o Macau vinha sendo rebocado quando incendiou-se e nos seus últimos momentos acima da linha d’água pegou uma onda por boreste que o virou.
O naufrágio está de cabeça pra baixo com o fundo do casco virado para a superfície. As características mais marcantes são o fundo chato, a proa elevada com cerca de 15 metros de altura, a existência de dois eixos de hélice e dois lemes. Nota-se uma barra de proteção no costado, na altura dos lemes. Era um navio de bom tamanho com pouco menos de 100 metros de comprimento. Pescadores lançaram grandes pedras ao longo da estrutura a fim de criarem rachaduras e “turbinarem” o ponto de pesca. Por boreste também observamos o seu mastro principal (ao lado) e diversas estruturas.
(Barra de proteçào do hélice. Imagem Ilustrativa)
Ao mergulhar no naufrágio podemos ter uma idéia de sua carga: sacas petrificadas (cimento?), rodas de metal com cerca de 50 cm de diâmetro, o-rings de borracha, etc.
Como de costume no MAR do CEARÁ a vida marinha é rica: cardumes de galos, parús, guarajubas e xilas, muitas lagostas, peixes recifais, arraias, tubarões lixa e muito mais.
(Arraia Manteiga. Naufrágio Macau, Aracati-CE)
O Macau era provavelmente um LST – Tank Landing Ship - da classe 511-1152 fabricado em 1943 em estaleiros norte-americanos para aprimorar o esforço de guerra alidado durante a Segunda Guerra Mundial. No início da década de 50 foi vendido para a Companhia de Navegação São Jorge e transformado em navio cargueiro. O Macau naufragou no dia 22 de dezembro de 1961 enquanto era rebocado para reparos.
(LST 511 transformado em cargueiro.Quebec, Canada)
Era um navio anfíbio de transporte e desembarque de veículos pesados criado durante a Segunda Guerra Mundial. Esta classe de navios anfíbios teve ainda importantes participações na Guerra da Coréia e Vietnam.
(LST - Tank Landing Ship - Transporte/desembarque de veículos pesados. Imagem Ilustrativa)
Fontes:
Naufrágios e Afundamentos na Costa Brasileira - Costa do Brasil 1503 a 1995; Ed. Instituto Historico e Geografico da Bahia. José Goes de Araujo