terça-feira, 29 de setembro de 2009

"One Dream One Mission" - O naufrágio que ainda não aconteceu!



Há alguns anos encontra-se ancorado e, praticamente abandonado, na orla de Fortaleza uma pequena embarcaçao que se assemelha a um barco de corrida, com o número "96" pintado na lateral de seu casco, próximo a proa.

Na realidade trata-se de um pequeno veleiro de 50 pés chamado "One Dream One Mission", originalmente pertencente a Alex Bennett, experiente velejador de apenas 25 anos de idade que em 2001 participava da regata Aqua Quorum na categoria Open 50, que consiste em velejar sozinho ao redor do globo em um veleiro de 50 pés. Em primeiro lugar de sua categoria e na ultima pernada de sua viagem, velejando de Salvador para Inglaterra a cerca de 500 milhas a oeste de Cabo Verde, o velejador teve serios problemas com o barco e ficou a deriva. Com uma tempestade pela frente, Alex não viu outra escolha a não ser abandonar a embarcação e tentar ser resgatado por algum cargueiro. E foi o que aconteceu.

Apesar das adversidades o pior ainda estava por vir.
Além do sonho frustrado, Alex Bennett foi traído pela companhia de seguros e teve que enfrentar sozinho as dividas referentes a perda do pequeno veleiro. No entanto, alguns anos depois conseguiu patrocínio e reservas para tentar novamente e completar a regata com sucesso.
Após ser abandonado o barco derivou a mêrcer das correntes e chegou a costa cearense onde foi encontrado e rebocado por pescadores. Segundo as leis de direito maritmo, após abandonada em águas internacionais uma embarcação pertence aquele que a encontrar e por isso o proprietário não pôde reaver-la.

Hoje, o casco do que um dia foi um veleiro de ultima geração está ancorado em frente ao Iate Clube de Fortaleza, e serve de morada para várias gaivotas. O casco que está sempre parcialmente inundado, pode ser visitado partindo da beirmar de caiaque ou avistado nos passeios de barco pela orla.

Infelizmente, provavelmente veremos ele afundar no local em que se encontra devido ao completo abandono dos restos desse veleiro.




One Dream One Mission 2001 - 2009





Fontes:
  • Yeovil Express - http://www.yeovilexpress.co.uk/
  • Times Online - http://www.timesonline.co.uk/
  • On passage towards Dartmounth... - http://atsea.sailchartermenorca.co.uk/blog

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Naufrágio do Beny

Em junho de 1968 o navio cargueiro Beny pertencente a uma empresa de navegação paulista, partiu do Maranhão com destino a Salvador transportando um carregamento de sal. Quando navegava nas proximidades de Fortaleza o cargueiro teve problemas em suas máquinas e lançou âncora ao largo do Porto do Mucuripe.

Meses depois o cargueiro de médio porte foi ancorado dentro da enseada onde continuou a espera de reparos, até se cogitou o seu reboque até Salvador e posteriormente para estaleiros no Rio de Janeiro. No entanto nada se fez e no dia 18 de janeiro de 1969 o cargueiro começou a adernar à bombordo. Sua tripulação tentou remover a carga em uma ultima tentativa de salvar o Beny, mas na manhã do dia seguinte ele estava completamente adernado.

A carcaça de ferro do Beny atrapalhou as atividades no Porto. As autoridades estudaram a possível remoção dos destroços, algo que custaria NCr$ 500.000 (Novos Cruzados?) uma fortuna na época e, como podemos observar, não foi viabilizada.

Da Praia do Meireles é possível observar, tanto na maré baixa, como na maré cheia, os restos do Beny que se tornou uma grande morada de peixes e morérias, estas ultimas muito temidas pelos pescadores. Seu casco que está coberto por “cracas” extremamente amoladas e ainda encontra-se adernado e partido próximo à proa. Parte do maquinário é visível sob a água, assim como o leme. Na proa cabeços de amarração ainda estão em suas posições.

Pegar uma boa visibilidade para mergulhar lá é muito dificil, pois está dentro da Enseada do Mucuripe e muito próximo a praia, cerca de 500 metros. Em várias investidas que fiz ao naufrágio em apenas uma consegui não mais que 1,5m de visibilidade.

Não confundir o Beny com o Amazonas, um outro navio cargueiro afundado na entrada da Enseada do Mucuripe cujos restos também podem ser avistados da praia. Para diferenciar: o Beny está próximo a praia e o Amazonas está mais longe.

Uma outra maneira de visitar esses naufrágios é através do Passeio de Trimarã ao Mara Hope que é um outro naufrágio ocorrido em....!!


Fontes:

  • Correio do Ceará
  • Tribuna do Ceará
  • Gazeta de Notícias
Fotos:
  • Geraldo Oliveira (foto de época)
  • Marcus Davis (fotos sub e atuais)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Objeto Não-Identificado na orla de Fortaleza


A duas semanas está encalhado na orla de Fortaleza, mais precisamente em frente a Ponte Metálica, um objeto não identificado. Da praia observamos um objeto triangular com uma das pontas emergindo e se projetando para fora da água. Junto a ele um rebocador evita que curiosos aventureiros se aproximem.
Inicialmente pensei tratar-se de um naufrágio (a embarcação sinistrada estaria de "cabeça para baixo"). No entanto a ausência de notícias nos jornais locais refuta essa hipótese. Pescadores da beiramar disseram tratar-se de uma balsa (ou algum dispositivo de flutuação) da Petrobrás. Disseram ainda que o rebocador está "segurando" a balsa para que esta não derive.
Para ver o objeto, basta dar um passeio pela Av. beiramar ou ir ver o por do sol na Ponte Metálica ou na Ponte dos Ingleses!

O Mistério do Iate Francês

No dia 17 de janeiro de 1994 encalhou na Praia de Almofala-CE um pequeno iate francês chamado "Luny" sem nenhum de seus tripulantes a bordo.
As autoridades declararam que o barco partira de Gibraltar no dia 21 de setembro de 1993, passou em Cabo Verde e seguiu para Montvideu. O veleiro estava aderiva a pelo menos uma semana e foram encontrados mantimentos para aproximadamente 4 dias em elevado estado de putrefação.
O Iate estava registrado sob o nome de Gerard Jean Gilbert, francês de 47 anos. A polícia encontrou diversas fotografias e documentos que indicam que o proprietário estava viajando com a esposa e uma pessoa de idade.
O clima de mistério gerou várias hipóteses sobre o que teria acontecido com os tripulantes.

Fonte: Diário do Nordeste