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Mergulhador junto a um Cacho de Cupim submerso no Açude Castanhão. |
O maior açude do Ceará chama-se Castanhão e fica a 280 km de Fortaleza. Foi construído a partir do represamento do Rio Jaguaribe, o mesmo que desagua próximo a Aracati, no litoral leste do Estado. A construção do Castanhão foi cheia de controvérsias. Isto porque uma antiga cidade chamada Jaguaribara foi completamente submersa pelas águas do grande açude.
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Esta cidade estava bem fincada no cotidiano daqueles que moravam naquela região. No entanto a cidade fora completamente destruída para que suas estruturas não prejudicassem a qualidade da água. Até o cemitério fora completamente transplantado. Tudo foi levado para a nova Jaguaribara, uma cidade planejada para abrigar aqueles que perdiam suas lembranças. A cidade foi palco para a morte de Tristão Gonçalves Alencar Araripe, filho de Barbara de Alencar e um dos líderes da Confederação do Equador, movimento separatista ocorrido no início do século XIX.
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Hoje o Castanhão é literalmente uma fonte de vida, suas águas abastecem toda a região principalmente em períodos de seca. Criações de peixes, pesca esportiva e agora o mergulho autônomo se aproveita de suas águas claras. Claras sim, pois a visibilidade gira em torno de 5m horizontais o que proporciona um mergulho confortável. A temperatura da água fica na faixa do 28 graus. A vegetação original que ainda se mantém com seus os galhos apontando para cima agora sendo colonizada por uma nova flora submersa. Tudo isso transforma o mergulho em um surreal passeio pela caatinga submersa.
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Existem barcos que fazem o transporte de passageiros entre as margens e podem ser fretados para pesca esportiva ou mergulho. Mas deve-se ter cuidado com a entrada na água quando mergulhando embarcado justamente pela antiga vegetação, saltos e rolamentos devem ser realizados com cautela.
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Mergulhamos na Pedra do Jaburu seguindo uma sugestão dada por nosso amigo e anfitrião Marlon. Foi um mergulho na caatinga surreal, com direito a cupins submersos e tambaquis avistados diversas vezes em formações rochosas que afloram das águas e submergem até os cerca de 18m atingidos por uma das equipes. Depois seguimos para um segundo mergulho nos arredores de viveiros de tilápias a convite do Marlon. Bem interessante conhecer as estruturas utilizadas para o cultivo dessas espécies.
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Depois de um bom almoço fizemos mais um mergulho próximo a barragem. Seguimos a margem e observamos suas formações rochosas. Alguns peixes foram avistados pelas equipes. Neste local não havia vegetações somente pedras e um susto: uma rede de pesca rudimentar parcialmente esticada e totalmente submersa, mais uma armadilha da pesca fantasma.
Essa foi a expedição de reconhecimento para o Projeto de Mapeamento de Construções Submersas do Açude Castanhão! Quer Participar? Deixe seu comentário!