Mergulhador junto a corais e esponjas em Natal, RN. |
São animais do filo dos Cnidários e do táxon Anthozoa. O nome desse filo veio da palavra knide que tem origem no latim e significa urtiga (o que remete a característica dos animais desse filo provocarem "queimaduras") e além de ser o filo dos corais, é o filo dos polipos, medusas, anêmonas, caravelas e de outros animais. O táxon dos Anthozoa ou "Animais-flor" é uma subdivisão dos Cnidários e é a classe dos corais, anêmonas, gorgônias entre outros tipos de animais.
Os corais são carnívoros oportunistas (capturam as presas quando elas nadam ou derivam em contato com eles) e podem se reproduzir de forma clonal, por brotamento ou fragmentação. Portanto, se um mergulhador que não controla a sua flutuabilidade ou não possui consciência ecológica, quebra os corais ao entrar em contato com eles, estará prejudicando a reprodução desse animal.
Um recife de coral não é formado apenas por corais, mas por um conjunto de seres vivos que vivem associados à outros animais e fazem com que o recife seja um ecossistema altamente complexo e rico em vida marinha. Os corais secretam um exoesqueleto de carbonato de cálcio (aragonita), o que faz com que o recife esteja sempre sobre uma "grande rocha".
A deposição de carbonato de cálcio e o crescimento do animal variam diária e sazonalmente com a temperatura e com a luz. Assim, muitos corais exibem faixas de crescimento sazonais como os anéis das árvores, que podem ser evidenciados em imagens de radiografia que determinam a idade e a taxa de crescimento do ser vivo. Muitos corais crescem somente 0,3 a 2,0 centímetros por ano. Os corais normalmente são encontrados em ambientes de águas rasas nos trópicos, ensolaradas e pobres em nutrientes.
Alguns desses animais realizam mutualismo (associação entre dois seres vivos que gera benefício aos dois) com algas fazendo com que os corais fiquem com a tonalidade desses organismos fotossintetizantes, as algas oferecem derivados da fotossíntese e oxigênio ao coral em troca de habitat protetor e nutrientes como fosfato (PO4), amônia (NH3) e gás carbônico (CO2).
Em condições adversas, esses animais expelem parte ou todas as algas que estão associadas. Com a perda das algas pigmentadas, o esqueleto calcário branco é, então, visível através do tecido transparente, e é dito que o coral sofreu branqueamento. Os estresses causadores do branqueamento podem ser sub ou sobre iluminação, excesso de exposição UV, flutuação de salinidade e mudanças de temperatura.
Em razão de muitos corais viverem em temperaturas da água perto do limite superior letal, uma elevação de temperatura de apenas 1°C pode ser suficiente para induzir o branqueamento. Episódios extensos de branqueamento de corais, registrados nos últimos 20 anos, podem ser ligados ao efeito estufa.
O branqueamento de um coral não é sempre completo e não resulta sempre na mortalidade do coral, especialmente se o período de tensão ambiental não for prolongado.
Apesar de belos, esses animais podem ferir o ser humano devido a presença de estruturas chamadas de coanócitos que provocam as "queimaduras" características do filo desse animal. Diante disso, nunca pegue em corais pois você pode se machucar ou machucar o animal.
Fotos:
Marcus Davis
Referências:
Apesar de belos, esses animais podem ferir o ser humano devido a presença de estruturas chamadas de coanócitos que provocam as "queimaduras" características do filo desse animal. Diante disso, nunca pegue em corais pois você pode se machucar ou machucar o animal.
Fotos:
Marcus Davis
Referências:
- Zoologia dos Invertebrados de Ruppert, Edward E. 7° edição, 2005
- Ecologia: De Indivíduos a Ecossistemas de Begon, Michael 4° edição
Nenhum comentário:
Postar um comentário