Material de pesca artesanal retirado da Pedra da Botija, a 24m de profundidade. Este ponto fica dentro dos limites do Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio, Fortaleza, CE. |
Grande quantidade de chumbadas. |
No dia 24 de dezembro mergulhamos na Pedra da Botija dentro do Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio (PEMPRM). A quantidade de restos de petrechos de pesca artesanal nos chamou atenção e dedicamos nossos mergulhos a remover a maior quantidade possível desse lixo.
O PEMPRM foi criado em 5 de setembro de 1997 pela Lei Estadual 12.727 que proíbe várias atividades predatórias mas permite a pesca artesanal dentro dos seus limites a fim de preservar as tradições pesqueiras da comunidade do Mucuripe. Apesar de ser um santuário da vida marinha, o Parque sofre com a falta de recursos para manejo e fiscalização.
Encontramos muitas esponjas presas nas linhas de pesca abandonadas. Aparentemente o azol fica preso às estruturas rígidas dos corais e o pescador se ver obrigado a cortar a linha na superfície, abandonando o restante, cerca de 20 a 30m de nylon, 250g de chumbo e azol, no mar. Este material mantém-se preso ao recife. A mercê da correnteza o nylon enrola-se às esponjas fragilizando a estrutura da mesma que pode se quebrar durante os maiores swells e facilitando um novo enrosco pelo pescador. Além disso, o próprio azol pode prender-se e danificar a estrutura da planta.
As imagens acima mostram diferentes espécies de esponjas presas nas linhas.
O que parece sustentar essas teorias além da grande quantidade de linhas é a ausência de grandes esponjas neste local e em outros constantemente visitados por pescadores e que apresentam grande quantidade de petrechos de pesca.
Apesar dos problemas ainda é um lugar maravilhoso! |
Triste em ver que pessoas que vivem da pesca não term o devido cuidado com descarte de redes no fundo do mar, parabéns aos mergulhadores que conseguem identificar e retirar essas armadilhas de pesca fantasma.
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